[Resenha] Maturi – Especial 40 Anos

Maturi – Especial 40 Anos (2016) é uma edição comemorativa que celebra não apenas a longevidade da revista, mas também sua função como laboratório criativo, espaço de resistência editorial e vitrine do quadrinho potiguar. Reunindo autores de diferentes gerações, estilos e temáticas, a HQ funciona como panorama de quatro décadas de produção local, trazendo histórias curtas que dialogam com identidade, crítica social, humor, memória e patrimônio cultural. O resultado é uma coletânea heterogênea que assume suas diferenças estéticas como parte de sua força editorial.

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[Resenha] Historinhas Peregrinas  

A coletânea Historinhas Peregrinas (2024), assinada por Marcos Guerra em parceria com artistas como Victor Negreiro, Natália Medeiros e Lu Vanessa, reúne narrativas curtas que exploram o fantástico, o poético e o cotidiano sob um olhar sensível e inventivo. As Histórias em Quadrinhos que compõem o volume têm em comum o gosto pela simplicidade das situações e o modo como transformam pequenas histórias em parábolas sobre o tempo, a imaginação e o autoconhecimento. 

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[Resenha] As Sátiras em Quadrinhos de Zé Areia 

Na HQ As Sátiras em Quadrinhos de Zé Areia (2013), o artista Carlos Alberto resgata as histórias irreverentes de uma das figuras mais emblemáticas do folclore urbano natalense: José Antônio Areia Filho, o Zé Areia. Inspirada em um personagem real que viveu em Natal e que ganhou notoriedade na cidade na primeira metade do século XX, a obra retrata um sujeito boêmio, astuto e improvisador, cujos traços o consagraram no imaginário popular como símbolo do típico “malandro nordestino” que sobrevive com engenhosidade e bom humor. 

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[Resenha] O dia que Natal mudou o mundo em quadrinhos

O dia que Natal mudou o mundo em quadrinhos (2024), História em Quadrinhos com roteiro de Luiz Elson e arte de Carlos Alberto, revisita um dos episódios mais marcantes da história potiguar e brasileira: a transformação de Natal durante a Segunda Guerra Mundial, a partir da instalação da base aérea de Parnamirim e da presença de tropas norte-americanas na região. A obra procura mostrar não apenas o impacto geopolítico do período, consolidado pelo encontro entre Getúlio Vargas e Franklin Roosevelt em 1943, mas também as mudanças sociais, econômicas e culturais que alteraram o cotidiano da população local.

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[Resenha] Quantum

A revista Quantum (2011) apresenta um conjunto de histórias que exploram universos distintos, calcados na ação, fantasia e ficção científica. As duas HQs principais, Fairy Justice e Broken Blvd, demonstram a narrativa de Eric Palicki (roteiro) e a expressividade de Wendell Cavalcanti (arte), em tramas que compartilham qualidades em ritmo, clareza visual e força temática.

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[Resenha] Valtinho

Na História em Quadrinhos Valtinho (2025), escrita por Pacha Urbano e ilustrada por Marcelo Janú, a infância encontra a distopia da ficção científica e a sucata ganha alma. Ambientada na Favela Arruda, a trama acompanha os amigos Pepe e Simone, que saem da escola em disparada com uma missão: consertar um velho robô para presentear a amiga Dandara em seu aniversário.

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Luz, câmera, animação: O primeiro desenho animado do Rio Grande do Norte

Nos bastidores da publicidade natalense dos anos 1970, entre mesas de prancheta e películas reaproveitadas, nasceu a primeira animação do Rio Grande do Norte. Um projeto modesto, mas carregado de inventividade, criado por Marcelo Mariz e Edmar Viana, dois profissionais da comunicação visual que nunca haviam feito nada parecido.

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[Resenha] Carcará, Nó Cego

Em Carcará, Nó Cego (2025), Beto Potyguara (roteiro e arte) revisita o universo do cangaceiro que estrelou sua primeira HQ [Carcará, Cabra pió num há] para contar sua origem com irreverência e inventividade visual. A história começa com uma premissa fantástica e espirituosa: “No dia que o Pai entristecido com o mundo deu as costas para o homem por apenas um segundo” um pacote vindo direto do inferno é confundido com os bebês do céu e levado por uma cegonha descuidada até a Terra. De dentro do embrulho infernal, surge um menino com uma peixeira em punho, que toma as rédeas do próprio destino e se embrenha na caatinga, deixando um rastro de confusão e fama no “mundo da bandidage”.

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Eudetenis: A dupla potiguar que conquista o mundo dos mangás

Os mangás são uma forma de expressão artística profundamente enraizada na cultura japonesa. Isso não impede que, cada vez mais artistas ao redor do mundo deem mostra que essa linguagem visual pode ultrapassar fronteiras e dialogar com diferentes culturas. Um exemplo é a dupla potiguar Eudetenis, formada pela ilustradora Giovana e pelo roteirista Paulo Serafim. Com um trabalho autoral consistente, repleto de identidade e sensibilidade, eles vêm ganhando destaque internacional e mostrando que o mangá também pode ter sotaque brasileiro.

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O RN nos quadrinhos de Maurício de Sousa – Marcio Coelho, Williandi e a presença potiguar no projeto MSP

A Turma da Mônica, criação do cartunista Mauricio de Sousa, atravessa gerações encantando crianças e adultos com histórias bem-humoradas, personagens cativantes e suas aventuras no Bairro do Limoeiro. Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali compõem o núcleo central da série, mas o universo criado por Mauricio vai muito além: personagens como Chico Bento, Turma da Mata, Astronauta, Piteco, Penadinho e Horácio protagonizam aventuras em diferentes contextos, tempos e territórios (da roça ao espaço sideral, da pré-história ao mundo espiritual).

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[Resenha] Cabramacho

Cabramacho Nº1(1974), revista editada por Lindberg Revoredo, com colaboração de Aucides Sales, Anchieta Fernandes, Emanoel Amaral, Enoch Domingos e Reinaldo Azevedo, se apresenta como uma obra satírica e crítica, que utiliza o humor para entreter, mas também para expor contradições sociais e intelectuais por meio de histórias curtas. Com personagens que transitam entre o cômico e o trágico, a narrativa evidencia a disparidade entre diferentes realidades e questiona valores culturais e comportamentais enraizados.

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[Onomatopeia Entrevista] KABOOM! Gabriel Dantas: cumprindo a missão de despertar sensações

Com um traço característico e uma abordagem que equilibra sensibilidade e experimentação, o trabalho de Gabriel Dantas tem uma identidade bem própria, com histórias que transitam entre o real e o fantástico, apresentando situações identificáveis e personagens cativantes.

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